Salman Rafi Sheikh
Doutorando na SOAS University of London
Isto significa militarização, e a militarização implica conflito em vez de comércio aberto
Em fevereiro, numa visita invulgar ao Japão, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, sublinhou a necessidade de que a NATO tivesse mais "amigos" na região. A justificação óbvia era, como Stoltenberg explicou à sua audiência na Universidade de Keio, em Tóquio, o facto de a Rússia e a China estarem a "aproximar-se" e a ameaça directa que esta aliança representa para a ordem internacional liderada pelos EUA. Mais obviamente, o que Stoltenberg disse expôs as tentativas activas dos EUA de expandir o âmbito da sua rivalidade com a Rússia e a China para além da Europa, incluindo a região da Ásia-Pacífico. Pelo menos foi assim que Pequim e a Rússia o entenderam. Em resposta à projecção de Stoltenberg da China como uma ameaça, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, afirmou em fevereiro que "a NATO tem procurado constantemente ir além da sua zona e âmbito de defesa tradicionais". O objectivo central desta aproximação é transformar a região actualmente ligada pelo comércio e pela economia num campo de batalha onde Washington pode travar a guerra para proteger a sua hegemonia.
Membership Login
- Entrevista Embaixador Henrique Silveira Borges - 13 de Maio de 2023
- Entrevista MGen Raul Cunha - 21 de Abril de 2023
- América Latina depois da viagem de Lula à China - 18 de Abril de 2023