Alexandr Svaranc
Doutor em Ciência Política e Professor Universitário
A realidade actual obriga Moscovo a mobilizar todos os seus recursos para conter esta estratégia abertamente hostil do Ocidente
Com a queda da União Soviética e o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos e os seus aliados da NATO, em primeiro lugar, consideraram-se vitoriosos no conflito que se seguiu à Segunda Guerra Mundial e, em segundo lugar, definiram o rumo para a formação de uma ordem mundial unipolar sob a hegemonia dos Estados Unidos.
A Rússia, enquanto sucessora da União Soviética, durante as difíceis décadas de 1990-2000 do período de transição, foi de facto incapaz de se opor ao rumo americano com a sua própria estratégia autónoma. A situação foi agravada pelo "desfile de soberania" na antiga União Soviética, pelo vírus do separatismo no seio da Federação (Cáucaso do Norte, Tartaristão, Bashkortostan, etc.), pela falta de uma ideologia colectiva na sociedade e pela crise sistémica da economia e das instituições do Estado.
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