Alexandr Svaranc
Doutor em Ciência Política e Professor Universitário
Os Estados Unidos obtiveram na Turquia uma espécie de "França do Leste" e a diplomacia americana tropeça frequentemente na "pedra bruta turca" quando decide como proceder em várias iniciativas no Médio Oriente
A observação do processo eleitoral na Turquia de hoje fornece informações que os peritos não podiam adivinhar anteriormente (ou faziam as suas próprias suposições sem as poderem confirmar). Isto diz respeito a temas de natureza essencialmente externa e não apenas às interacções políticas internas entre o partido no poder e o bloco da oposição.
O autor recorda discussões privadas que teve com analistas conhecedores sobre a natureza e os padrões das relações entre a Turquia e o seu maior parceiro da NATO, os Estados Unidos. Na altura, apesar das consultas directas com membros da comunidade política e de peritos americanos, alguns dos interlocutores não conseguiram confirmar pormenores sobre o futuro das relações turco-americanas ou se o Departamento de Estado e a CIA viam a política turca como uma ameaça aos seus planos e interesses. Talvez isso se deva à aparente falta de acção das autoridades turcas, especialmente durante a presidência de Recep Tayyip Erdogan, contra esses mesmos interesses dos EUA no Médio Oriente e no espaço pós-soviético. É plausível que os interlocutores estivessem a fazer um exercício de wishful thinking, dadas as suas opiniões e atitudes subjectivas sobre a Turquia e os EUA.
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