As relações da Rússia com a Turquia devem ser tratadas com o máximo cuidado: «a Turquia é, de facto, a única ligação que resta da Rússia ao Ocidente»
Recordo-me perfeitamente da última Cimeira da NATO, que teve lugar em Vilnius e que foi objeto de grande cobertura por parte da televisão russa. Como resultado da digestão das notícias diárias, consigo visualizar instantaneamente uma enorme reunião de políticos, oficiais militares e diplomatas ocidentais.
No seio dessa assembleia considerável, era fácil identificar o presidente Erdogan, que caminhava quase incessantemente de forma sombria. A sua mulher, como de costume, com um lenço na cabeça, seguia-o ininterruptamente. A única outra pessoa menos visível, mas mais dominada pela tristeza e pelo isolamento, era Zelensky. Tudo isto porque não ia conseguir a sua adesão à NATO, nem sequer num futuro previsível. De facto, tornou-se insolente, e injustificadamente, para com o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, que já lhe tinha feito pouco caso ao afirmar que "a Ucrânia tinha o hábito de tratar os aliados, incluindo o Reino Unido, como se fossem um armazém da Amazon com listas de pedidos de armas".
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