Alexander Neu
Publicista de Política Externa, Segurança e Geopolítica
Os responsáveis da NATO também sabem disso, mas parecem classificar o risco como controlável, o que, em minha opinião, só é compreensível até certo ponto. Porque, desta forma, estão a brincar com a nossa segurança
Durante os meus estudos de Ciência Política, debrucei-me, entre outras coisas, sobre o tema da investigação das causas da guerra. Ao rever a literatura, saltou-me à vista uma causa de guerra particularmente curiosa: a "guerra por acaso". Trata-se de um vasto espetro de momentos não intencionais causadores de guerra. O espetro vai desde os clássicos mal-entendidos de comunicação até às falhas técnicas, como os falsos alarmes. Assim, as causas das guerras nem sempre parecem ser de natureza política direta, mas indiretamente são-no. São indirectas porque as condições de enquadramento político (por exemplo, relações tensas entre estados) tornam a "coincidência" possível em primeiro lugar. Neste contexto, a atual dupla frente de contraofensiva ucraniana e a manobra Air Defender 23 da NATO até às fronteiras da Rússia constituem um enorme fator de risco com muitas implicações perigosas.
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Imagem de capa por The National Guard sob licença CC BY 2.0
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