Vladimir Platov

Perito em Médio Oriente da New Eastern Outlook


Para a Grã-Bretanha, a Ásia Central é há muito uma área de interesse estratégico, não só devido às reservas minerais significativas da região, mas também devido à sua posição geoestratégica como ponte entre a Europa e o Sudeste Asiático


Embora, ao contrário da última guerra de 1812 com a França, a Rússia e a Grã-Bretanha nunca tenham estado abertamente em guerra entre si, a escala do confronto geopolítico entre estes dois estados europeus e Moscovo existe há muito tempo e está em constante crescimento. Especialmente no contexto da submissão servil dos actuais líderes destes dois países às políticas russofóbicas da Casa Branca. E um dos pontos mais quentes do choque de interesses tem sido a Ásia Central (AC).

A atitude agressiva da Grã-Bretanha em relação à Rússia manifestou-se claramente no século XVI, quando os britânicos tentaram colocar o reino de Moscovo sob os seus interesses económicos e encontrar uma rota continental para as riquezas da Índia através dela. Isto, porém, não funcionou para Londres, pelo que tiveram de construir uma rota marítima para a Índia. Tendo-se estabelecido na Ásia Central antes da Rússia, a Grã-Bretanha rapidamente começou a extrair dividendos ricos das suas colónias asiáticas, cobrindo, em particular, o défice resultante das operações de exportação-importação com empresas americanas e europeias através do comércio com a Índia e a China.

geopol.pt

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