Wolfgang Effenberger

Historiador Militar


O guião deste empreendimento insensato, que terá levado à detonação espectacular dos gasodutos Nord Stream a uma profundidade de 70 metros, faz lembrar os filmes de James Bond


Resposta da media cinematográfica

No dia 7 de Março de 2023, por volta das 21:39, o Tagesschau conseguiu apresentar um relatório sensacional: "As autoridades investigativas alemãs, aparentemente, fizeram um grande avanço na resposta aos ataques ao gasoduto Nord Stream. Segundo informações da ARD, não há provas de quem ordenou a destruição — mas há pistas. Elas levam à Ucrânia"(1). Já na manhã do mesmo dia (às 10:26), o New York Times tinha relatado com um pouco mais de cautela: "Os serviços secretos sugerem que o grupo pró-Ucraniano sabotou os oleodutos… não tinham provas de que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ou os seus principais responsáveis estivessem envolvidos na operação, ou que os perpetradores agiram sob ordens de funcionários do governo ucraniano"(2)

Embora os funcionários dos serviços secretos americanos tenham dito não saber muito sobre os perpetradores ou as suas ligações, o Times considerou as escassas conclusões como um passo no sentido de estabelecer a responsabilidade por um acto de sabotagem que tem desconcertado os investigadores de ambos os lados do Atlântico durante meses. "Uma análise das informações recentemente recolhidas sugere que estiveram envolvidos opositores do presidente russo Vladimir V. Putin, mas não são fornecidos pormenores sobre os membros do grupo ou que lideraram ou pagaram pela operação"(3) Acredita-se que os sabotadores sejam muito provavelmente cidadãos ucranianos ou russos, ou uma combinação de ambos. O envolvimento de cidadãos americanos ou britânicos está explicitamente excluído. Os explosivos foram muito provavelmente plantados com a ajuda de mergulhadores experientes que não pareciam trabalhar para os serviços militares ou de inteligência. É possível, contudo, que os perpetradores tivessem recebido formação especial do governo no passado.

geopol.pt

ByWolfgang Effenberger

Antigo capitão pioneiro na Bundeswehr, após doze anos de serviço, estudou Ciência Política e Engenharia Civil/Matemática em Munique. Ensinou no Colégio Técnico de Engenharia Civil até 2000. Desde então, tem publicado sobre a história recente da Alemanha e geopolítica dos EUA.

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