Ettore Rivabella


A participação nas manifestações e nos movimentos de rua em França foi compacta e organizada, com a presença maciça de estudantes e jovens em geral. A tensão, a irritação é palpável numa grande parte da população. Como será possível manter o moral dos trabalhadores elevado para enfrentar os riscos económicos, judiciais e físicos, sem indicar como se pode atingir esse objectivo?


Em França, após a luz verde dada pelo Conselho Constitucional, composto por 6 membros da área governamental e 3 da oposição, à reforma das pensões, parece ter sido escrito o fim do confronto entre Macron e o seu governo, por um lado, e os sindicatos e os partidos da oposição, estes últimos, no entanto, sem uma estratégia comum, por outro.

Em Itália, muita ênfase foi colocada na grande capacidade de mobilização do movimento sindical francês, nos confrontos nas ruas e na tentativa furiosa de se opor por todos os meios à vontade do presidente da República de não abrir qualquer negociação ou mesa de negociações sobre o assunto, embora, por outro lado, grande parte da imprensa dominante e das estações de televisão tenha destacado a natureza imperativa da intervenção sob pena de quebrar os equilíbrios financeiros, a consequente instabilidade da dívida pública e, finalmente, a possível desconfiança dos mercados. De facto, não podia ser de outra forma, uma vez que os meios de comunicação italianos sempre apoiaram, favoreceram e apoiaram qualquer intervenção de "lágrimas e sangue" proposta pelos governos, geralmente de centro-esquerda, bastando recordar Amato, Fornero, Draghi, etc., chorando ou, mais correctamente, fazendo-os chorar.

Vejamos brevemente o motivo da disputa e os protagonistas

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