Apesar das concessões que fez, no documento final da cimeira CELAC-União Europeia, o bloco latino-americano e caribenho estabeleceu premissas importantes para o seu desenvolvimento futuro
Quando um documento internacional recebe elogios e críticas de gregos e troianos ao mesmo tempo, ou é porque não diz nada ou porque todos já se pronunciaram. É este o caso do documento final da Cimeira da União Europeia (UE) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Há de tudo como numa loja de boticário, mas numa síntese futebolística pode ser descrito como um 2 para 1: a UE incluiu a referência à guerra na Ucrânia, mas os países da América Latina e das Caraíbas impuseram os seus pontos de vista sobre questões candentes e restabeleceram a supremacia da Carta das Nações Unidas e das declarações de direitos humanos. Para além da fotografia de grupo, esta cimeira confirmou o declínio da Europa e o papel crescente de uma América Latina e das Caraíbas ainda muito descoordenada. Para avaliar esta reunião, é necessário analisá-la em função do seu contexto, dos seus princípios e destas negociações.
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Imagem de capa por EU2023ES sob licença CC BY-ND 2.0
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