O desenrolar dos combates na Ucrânia não tem precedentes. Armamento que está em serviço há cinco décadas está a entrar em confronto com o que está na vanguarda da tecnologia. Os drones nunca desempenharam um papel tão importante. Como devem ser avaliadas as tácticas da Rússia à luz desta realidade?


A maior parte das armas de Kiev ainda provém de stocks soviéticos. Embora sejam, portanto, o que havia de mais moderno há trinta anos, estão a revelar-se eficazes. O número de soldados ao serviço do exército de Kiev ultrapassa o de todos os outros países da Europa Ocidental. Os combates actuais demonstraram que nenhum país da Europa Ocidental teria podido fazer frente à força de Kiev. Durante nove anos, Kiev foi reforçada com armas e treino da NATO. No entanto, é possível constatar que os soldados de Kiev não conseguem fazer frente ao exército russo.

Antes de analisar as tácticas de guerra russas, é preciso esclarecer quais são os objectivos de Moscovo. Estão a ser ventilados muitos disparates, embora bastasse ouvir Putin para saber quais são os objectivos claramente delineados. A matança de civis no leste da Ucrânia tem de acabar. Os capangas de Kiev têm de ser impedidos de continuar a bombardear alvos civis no Leste, matando ainda mais do que os cerca de 14 mil civis já assassinados nos últimos nove anos. Como disse Putin: "Não começámos esta guerra, mas vamos acabar com ela agora".

Novas fronteiras devem tornar a paz possível

Imagem de capa por kuhnmi sob licença CC BY 2.0

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ByPeter Haisenko

Foi piloto da Luthansa durante 30 anos. Autor e jornalista desde 2004, publicou vários livros e mais de 700 artigos sobre Economia, História, Política e Aviação.

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