Por esta altura, já sabemos que os EUA se têm oposto consistentemente a todos e quaisquer esforços para estabelecer um cessar-fogo completo em Gaza


Em 26 de outubro, as forças armadas americanas realizaram ataques contra o que designam por milícias apoiadas pelo Irão que operam na Síria e no Iraque. Esta ação foi, alegadamente, uma resposta aos ataques contra as forças norte-americanas na Síria e no Iraque. Em 27 de outubro, o presidente Biden terá enviado uma mensagem direta ao líder supremo do Irão, o aiatolá Khamenei, alertando-o para as consequências do apoio iraniano aos grupos que visam as forças dos EUA. Estes confrontos e ataques têm um contexto geopolítico. Recentemente, Joe Biden declarou que a principal razão pela qual o Hamas lançou uma guerra contra Israel foi uma tentativa internacional concertada de pôr em risco o Corredor Económico Índia-Médio Oriente-Europa. No mesmo contexto, Biden considera que os ataques das milícias apoiadas pelo Irão às forças norte-americanas na Síria e no Iraque fazem parte de uma tentativa iraniana mais vasta de iniciar uma nova guerra na região. Mas esta é uma posição ilógica que esconde, mais do que revela, as verdadeiras intenções de Washington.

Imagem de capa por Pooyan Tabatabaei sob licença CC BY-NC-ND 2.0 DEED

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BySalman Rafi Sheikh

Licenciado na Universidade Quaid-i-Azam, em Islamabad, escreveu tese de mestrado sobre a história política do nacionalismo do Baluchistão, publicada no livro «The Genesis of Baloch Nationalism: Politics and Ethnicity in Pakistan, 1947-1977». Atualmente faz o doutoramento na SOAS, em Londres.

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