Christian Kreiß

Christian Kreiß

Professor doutorado em Economia e História Económica


Talvez a queda do Ocidente, profetizada por Oswald Spengler há uns 100 anos, esteja mesmo a chegar


Este ensaio reflecte a tese central de um livro com o mesmo título, que será publicado no Outono de 2023

A tese central

Os tempos de crescimento económico real constante no mundo ocidental acabaram. Encontramo-nos num ponto de viragem secular. Apesar de cada vez mais invenções e progressos técnicos, apesar do aumento constante da produtividade do trabalho, é provável que, no futuro, quase não haja mais crescimento económico real e promotor de bem-estar para a maioria da população. Ou então, assistiremos mesmo a uma diminuição da nossa prosperidade real para a maioria das pessoas no mundo ocidental e em muitos outros países.

Há cerca de 100 anos, Oswald Spengler previu o fim cultural iminente do mundo ocidental no seu livro "O Declínio do Ocidente" (1). O mundo ocidental tinha entrado na fase final de decadência. Se seguirmos a sua lógica, as condições bárbaras teriam de prevalecer no Ocidente até ao ano 2200. Talvez o prognóstico de Oswald Spengler seja hoje mais actual do que nunca. O Ocidente encontra-se actualmente num processo acelerado de burocratização, ossificação e vigilância, e debate-se com doenças de civilização cada vez mais graves. Lenta mas firmemente, a economia está a ficar cada vez mais pesada com o seu lastro, de modo que, a dada altura, perderá o fôlego. A fase de ascensão terá provavelmente terminado. Com um pouco de sorte, talvez consigamos manter o nível que atingimos durante mais algumas décadas.

Exemplos

Imagem de capa por Ricardo Nuno

geopol.pt

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