Alfredo Jalife-Rahme
Analista geopolítico, autor e docente
Entre as várias guerras numa só na singularidade da Ucrânia, está a ser travada uma guerra religiosa que não ousa falar o seu nome
O comediante Zelensky, que está a conduzir o seu país a uma tragédia, muito pior do que a dos helénicos (https://bit.ly/3OK1POk), declarou que "o seu objectivo (sic) é transformar a Ucrânia na Grande Israel (https://bit.ly/3NsDpry)".
No meu artigo anterior comentei que "as duas sérias armadilhas da cosmogonia racista irredentista de Zelensky, o Grande Israel, são que Israel não faz fronteira com a Rússia e a população Khazar-Israelita da Ucrânia é uma micro-minoridade (0,2%!)".
Ucrânia – 43,5 milhões (hoje com 8 milhões de refugiados), 0,2% (sic) judeus cazares (de origem mongol da Ásia Central (https://amzn.to/2MR0PfM)! – é a sede do sionismo histórico com o cázaro Zeev Jabotinsky (https://bit.ly/3OKupzd).
A publicação do Miami Standard News Staff (06.04.22, https://bit.ly/3NxYUqY) foi censurada (https://bit.ly/3OYefCx), enquanto que o artigo do cázaro Daniel Shapiro - antigo embaixador dos EUA em Israel e agora membro do Conselho do Atlântico – foi selectivamente permitido, que elucida a Grande Israel que Zelensky quer para a Ucrânia, com o luxo de um roteiro (https://bit.ly/3NMQT1L). Naturalmente, censurar o pessoal do Miami Standard News não é o mesmo que censurar o muito influente Atlantic Council, que é exageradamente nordatlantista, e agora tão na moda na sua cimeira coreográfica de Madrid.
O cázaro Sam Sokol também descreveu, exclusivamente no jornal Haaretz, um dia antes do portal de Miami e do Atlantic Council, como Zelensky iria emular Israel com soldados em cinemas, supermercados e a população com armas (https://bit.ly/3a0ZjER).
De acordo com Zelensky, a segurança será a principal questão nos próximos 10 anos. Tal seria a Ucrânia do pós-guerra.
O que é perturbador é como os 0,2% de cázaro-israelitas da Ucrânia, na sua maioria cristãos – tanto católicos (10%) do lado ocidental como ortodoxos (dois terços) do lado oriental, segundo a CIA (https://bit.ly/3btVjwK) - podem governar a esmagadora maioria.
O antigo embaixador Shapiro comenta que, de um ponto de vista populacional e territorial, a Grande Israel não parece ser uma comparação adequada, mas quando se consideram as ameaças à segurança regional que enfrentam, bem como a sua população altamente mobilizada, a Ucrânia e Israel partilham mais do que se poderia pensar.
Shapiro apresenta o seu impraticável roteiro de oito pontos: 1. segurança primeiro (sic); 2. população total desempenha um grande papel; 3. autodefesa é a única forma; 4. manter parcerias de defesa activas, mesmo sem aderir à NATO em breve; 5. dominar a espionagem; 6. tecnologia é a chave; 7. construir um ecossistema inovador de alta tecnologia; e 8. manter instituições democráticas (sic).
A pior contradição de Shapiro é propor o exemplo da autodeterminação palestiniana (sic), quando a Grande Israel despalestinizou os seus verdadeiros habitantes indígenas (https://bit.ly/3OUgh6x), tal como Zelensky tenta desrussifcar as duas repúblicas russófonas do Donbas: Donetsk e Lugansk.
A alucinação do comediante Zelensky de querer criar uma Grande Israel na Ucrânia com apenas a micro-minoria de 0,2% contra a esmagadora maioria dos cristãos – tanto no seu significado de ortodoxos como de católicos - pode ser descarrilada desde o início. Seria antes equivalente a eviscerar, de um ponto de vista teológico/racial, a própria etnicidade dos eslavos, quando tanto os ucranianos como os russos são originários do Rus de Kiev do século XI. A antidemocracia absoluta!
Entre as várias guerras numa só na singularidade da Ucrânia, está a ser travada uma guerra religiosa que não ousa falar o seu nome pelos cázaro-israelitas, liderados pelo comediante Zelensky, expostos nos fétidos Pandora Papers com o seu círculo mafioso (https://bit.ly/3OD7NRu), que possui uma casa de 8 milhões de dólares em Israel e uma casa de 34 milhões de dólares em Miami, segundo o cientista político Pepe Escobar (https://bit.ly/3acTKTO) – associado ao oligarca bilionário cázaro Ihor Kolomoyskyi (https://cnb.cx/3yxkK9Q) – em oposição aos eslavos ortodoxos tanto na Ucrânia como na Rússia.
Imagem de capa por manhhai sob licença CC BY 2.0
Peça traduzida do espanhol para GeoPol desde La Jornada
As ideias expressas no presente artigo / comentário / entrevista refletem as visões do/s seu/s autor/es, não correspondem necessariamente à linha editorial da GeoPol
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