Salman Rafi Sheikh

Doutorando na SOAS University of London


O facto de a Rússia ter a OPEP do seu lado significa que os EUA e a NATO não conseguiram, até agora, derrotar a Rússia em qualquer sentido significativo


A inclusão da Finlândia na, e a consequente expansão da, Organização do Tratado do Atlântico Norte, trouxe supostamente muita alegria ao mundo ocidental que supostamente luta contra a Rússia pela protecção da democracia e dos direitos humanos. O verdadeiro objectivo desta luta, como já sabemos, é preservar o Ocidente — principalmente, o liderado pelos EUA — dominado pela ordem mundial pós Segunda Guerra Mundial, que assumiu a forma de hegemonia unilateral dos EUA após a queda da União Soviética, no início dos anos 90. Com a Rússia — e a China — a dar o choque mais claro até agora a esta hegemonia unilateral dos EUA, estes últimos estão a fazer tudo o que podem para ganhar cada vez mais aliados para aumentar a sua posição contra uma ameaça muito formidável. A expansão da NATO é um dos muitos passos que o Ocidente — mais uma vez, principalmente os EUA — deu recentemente para preservar a ordem mundial. Mas o actual conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia (NATO) mudou o mundo de muitas formas significativas. Por um lado, apesar da expansão da NATO, os EUA não podem sequer esperar "isolar" com sucesso a Rússia a nível mundial. No que diz respeito à China, os EUA não podem "dissociar-se" da China sem enfrentar um custo elevado, nem o farão sem consequências geopolíticas.

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BySalman Rafi Sheikh

Licenciado na Universidade Quaid-i-Azam, em Islamabad, escreveu tese de mestrado sobre a história política do nacionalismo do Baluchistão, publicada no livro «The Genesis of Baloch Nationalism: Politics and Ethnicity in Pakistan, 1947-1977». Atualmente faz o doutoramento na SOAS, em Londres.

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