O 25º aniversário do início da Terceira Guerra dos Trinta Anos foi acompanhado pelo hediondo mega-atentado terrorista em Moscovo
19 Estados da NATO juntaram forças numa operação militar contra a então Sérvia e Montenegro e bombardearam cegamente o pacífico país europeu durante 78 dias com um único objetivo: impedir que o presidente jugoslavo Slobodan Milošević procedesse a uma alegada limpeza étnica dos — albaneses do Kosovo, para os quais a NATO viria a criar um Estado separado nove anos mais tarde — contra a impressionante decisão da Resolução 1244(1) da ONU, de 10 de junho de 1999. Só na Europa, a Grécia, a Roménia, a Eslováquia, a Espanha e a República de Chipre não reconhecem a República do Kosovo, que, em última análise, é apenas um protetorado dos EUA/UE. Com o ataque à Jugoslávia, os EUA voltaram a fazer a guerra na Europa, uma guerra que viola o direito internacional e que foi seguida por muitas outras em todo o mundo até aos dias de hoje.(2)
O escritor austríaco e Prémio Nobel da Literatura de origem germano-eslovena, Peter Handke, descreveu a sua memória do dia 24 de março de 1999 — o dia em que começaram os bombardeamentos da NATO contra a República Federal da Jugoslávia, violando o direito internacional:
Toda a gente esperava que o bombardeamento começasse, mas quando aconteceu, era como se fosse uma ficção, como se não fosse real… Mas tornou-se real! Lembro-me de tudo. Eu estava na rua, o vento soprava e havia silêncio por todo o lado.(3)
O dia 24 de março de 2024 marcou o 25º aniversário do ataque sem precedentes da NATO contra a Jugoslávia — principalmente contra a república constituinte da Sérvia — que teve lugar sem o consentimento das Nações Unidas.
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25 anos da agressão da NATO: o Fórum de Belgrado «Por um mundo de iguais»
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