
Stephen Karganovic
É indiscutível que a Grã-Bretanha actual não se assemelha, nem de longe, ao país que, há mais de setenta anos, coroou como sua soberana a mãe de Carlos, a falecida rainha
Quase se sente simpatia pelo imprestável Carlos, que parece determinado, em nome da Coroa, a cometer suicídio institucional, mesmo antes de subir formalmente ao trono e de começar o seu breve reinado. Depois de uma espera interminavelmente longa e frustrante, comparável à do seu antecessor Eduardo VII, os erros de julgamento provocados pela impaciência talvez devessem ser tratados com clemência. No entanto, os planos loucos de coroação de Carlos demonstram que, após as décadas que teve para se preparar para as suas tarefas e reflectir maduramente sobre elas, esqueceu de facto tudo o que os cortesãos da sua mãe lhe devem ter ensinado ou, pior ainda, que não aprendeu nada com eles. Se esta avaliação estiver correcta, ele e a sua dinastia estão destinados ao esquecimento, tal como os Bourbons, cuja colossal obtusidade está a reproduzir insensatamente.
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