Luca Leonello Rimbotti


Poucos, como Spengler, foram capazes de identificar o nervo sensível da dissolução europeia, já em curso no seu tempo


A Europa perdeu-se desde o momento em que deixou que o seu apêndice americano se tornasse o mestre do seu destino. Tendo escolhido o Ocidente, foi a sua perdição. Desde então, a Europa não tem sido mais do que um formigueiro sobre o qual se instalou uma bota de lenhador: loucura de plebeus, mistura de povos, fugas em todas as direcções, reais e psicológicas, ausência de um centro. A "civilização", esta trágica brincadeira jogada sobre a Europa, significou não só crise, mas o seu colapso total. Não se dirá que, para o bem ou para o mal, a Europa sobreviveu como uma União Europeia. A União Europeia, na verdade, não tem nada de político, nem nada de europeu. Como todos sabem, é apenas um comité internacional de negócios, sem qualquer ligação aos interesses vitais dos povos, quanto mais às suas culturas nacionais. Pelo contrário, é fácil ver que a União Europeia é o primeiro antagonista da Europa, cujos fundamentos minam sistematicamente, sejam eles culturais, económicos, étnicos, históricos. Não há pior inimigo da Europa do que a União Europeia, esse punhado de burocratas que, não sabemos por que investidura, decidem sobre o futuro dos nossos povos sem consultarem minimamente a sua vontade. Em qualquer caso, então, seria uma vontade que já foi conculcada durante décadas, já comodamente orientada para os desvios desejados, confiando-a às mãos americanas como um instrumento valioso do poder americano, para os interesses americanos e acompanhada de propaganda americana.

geopol.pt

Leave a Reply

error: Content is protected !!