Dada a dissonância e a forma como está a crescer, Washington terá dificuldade em manter-se como uma força dominante no Médio Oriente


Quando o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amir-Abdollahian, visitou a Arábia Saudita em agosto, meses antes do início da guerra em Gaza, declarou que os laços bilaterais estavam "no bom caminho". Mais tarde, na segunda semana de outubro, o presidente iraniano Ebrahim Raisi e o príncipe herdeiro saudita Mohammad bin Salman (MbS) tiveram uma conversa telefónica sobre a situação na Palestina. Agora, Raisi visitou a Arábia Saudita a partir de 13 de novembro para participar na cimeira de Gaza organizada pela OIC. O convite foi feito pelo próprio rei saudita. O fluxo de interação mostra um progresso lógico desde a normalização mediada pela China entre o Irão e a Arábia Saudita em março de 2023. Com efeito, o que isto significa é que o plano da China para o Médio Oriente não só está a funcionar como, apesar dos relatos e alegações de apoio iraniano ao Hamas com o objetivo de fazer descarrilar o acordo de paz saudita-israelita apoiado pelos EUA, resistiu à pressão da crise de Gaza.

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BySalman Rafi Sheikh

Licenciado na Universidade Quaid-i-Azam, em Islamabad, escreveu tese de mestrado sobre a história política do nacionalismo do Baluchistão, publicada no livro «The Genesis of Baloch Nationalism: Politics and Ethnicity in Pakistan, 1947-1977». Atualmente faz o doutoramento na SOAS, em Londres.

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