Oskar Lafontaine

Oskar Lafontaine

Escritor e ex-ministro das Finanças da Alemanha


Joe Biden quer ser presidente dos EUA mais uma vez. Ele quer "terminar o seu trabalho". Franz Josef Wagner, do Bild-Zeitung, votaria nele. E o Saarbrücker Zeitung informa hoje os seus leitores: "De uma perspetiva europeia, a reeleição de Biden seria a melhor coisa que poderia acontecer". Em estranho contraste com isto, está o veredicto de Robert Gates, que serviu Bush e Obama como secretário da Defesa: "Joe Biden esteve errado em quase todas as grandes decisões de política externa e de segurança dos últimos quarenta anos".


Seria mau não só para a Europa, mas também para o mundo, se Biden fosse reeleito:

  • Ele apoiou as guerras criminosas de agressão na Jugoslávia, no Afeganistão e no Iraque.
  • Tal como os seus antecessores, continua a guerra dos drones, que é contra o direito internacional e na qual são mortas pessoas inocentes. Os vassalos alemães olham para o outro lado.
  • Ele ordenou um acto de terror contra a República Federal da Alemanha e mandou destruir os gasodutos Nord-Stream. Os cobardes servis da política e dos meios de comunicação social alemães não querem saber de nada.

Ele está a intensificar o conflito com a China e quer que os europeus estejam presentes se houver guerra.

A invasão da Ucrânia por Putin é contra o direito internacional. Mas sem o vice-presidente Biden, a guerra na Ucrânia não teria acontecido. Ele é um dos principais culpados:

  • Apoiou o avanço da NATO para a fronteira russa com instalações militares e mísseis sem aviso prévio.
  • É responsável pelo golpe organizado pela sua actual subsecretária de Estado, Victoria Nuland, em Maidan, na Ucrânia, em 2014. Posteriormente, os presidentes ucranianos desencadearam uma guerra civil contra a população de língua russa no leste da Ucrânia, matando 14.000 pessoas.
  • Está profundamente envolvido na corrupção dos oligarcas na Ucrânia: o seu filho Hunter Biden recebia 600.000 dólares por ano pelas suas "actividades" no "conselho de supervisão" do gigante ucraniano da energia Burisma Holdings, porque o seu "feito" era ser filho do vice-presidente dos EUA. Joe Biden gabou-se de ter conseguido a substituição imediata do procurador-geral ucraniano Viktor Shokin por este estar a investigar a Burisma por corrupção.

Seria uma bênção para a Europa e para o mundo se um presidente que, como o lendário John F. Kennedy, defendesse a paz e o desarmamento, voltasse ao poder nos EUA.

Imagem de capa por Gage Skidmore sob licença CC BY-SA 2.0


Peça traduzida do alemão para GeoPol desde NachDenkSeiten


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