
Jochen Mitschka
Depois de a BBC admitir ter divulgado a Fake News sobre o gás venenoso em Douma já em 2021, não só a mentira do "gás venenoso" é aqui exposta, como também o grau de influência que os organismos da ONU sofrem de certas grandes potências
Uma vez que as sanções continuam a flagelar a Síria, e mesmo depois de o terramoto só terem sido temporariamente atenuadas ao fim de dias, dever-se-ia olhar novamente para a narrativa do gás venenoso, a qual não é apenas a espinha dorsal das sanções e bombardeamentos contra o governo do país, servindo os EUA como justificação para a ocupação da Síria Oriental e a pilhagem de jazidas petrolíferas, mas está agora também a ser utilizada contra Seymour Hersh (1), que, tal como o Prof. Postol, a tinha exposto como falsa num caso concreto. Porque Hersh está actualmente a causar furor com o seu artigo sobre os ataques ao Nord Stream, que segundo a sua investigação tinha sido organizada pelos EUA e pela Noruega. Apesar de já ter tomado a narrativa do gás venenoso como uma pista em 2019, num ensaio com Tim Anderson sobre como tipicamente desmascarar mentiras de guerra, desta vez vou recorrer a um artigo de Aaron Maté no Grayzone (2). Depois de a BBC admitir ter divulgado a Fake News sobre gás venenoso em Douma já em 2021 (3), não só a mentira "gás venenoso" é aqui exposta, como também o grau de influência que os organismos da ONU sofrem de certas grandes potências, pondo em perigo a legitimidade de toda a organização.
OPAQ e o gás venenoso em Douma
Em primeiro lugar, o autor explica do que se trata este incidente:
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