«A NATO está em morte cerebral», disse Emmanuel Macron, não há muito tempo. Esta frase acerta em cheio na avaliação das acções do Ocidente
No final da década de 1970, Klaus von Dohnanyi dirigiu um exercício da NATO em nome do então chanceler alemão Helmut Schmidt. De acordo com o plano do exercício, os russos estavam a avançar e a NATO devia detê-los. Os representantes dos EUA decidiram então lançar pequenos engenhos explosivos nucleares sobre a Alemanha, a fim de criar uma cintura de segurança contra o avanço russo. Como Dohnanyi relata no seu livro "Nationale Interessen", ficou surpreendido com o facto de os EUA poderem tomar tal decisão sem consultar a Alemanha. Escreveu uma carta furiosa a Helmut Schmidt, que lhe disse que, se tais desenvolvimentos bélicos se tornassem visíveis na Europa, declararia a Alemanha neutra.
O dilema dos alemães
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Imagem de capa por Kelly Michals sob licença CC BY-NC 2.0
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