Naturalmente, esta estratégia, em cuja criação a mesma Grã-Bretanha tomou parte considerável no passado, corresponde aos interesses dos líderes do mundo anglo-saxónico apenas parcialmente no âmbito da política de "dividir para conquistar"
Muitos especialistas consideram as actuais eleições na Turquia como fatídicas. Dependendo de quem ganhar — o presidente em exercício Erdogan ou o representante da oposição pró-ocidental Kilicdaroglu — o vector do desenvolvimento subsequente da Turquia será determinado.
E esta opinião corresponde à realidade, no sentido em que a intensidade do confronto entre os principais candidatos ao mais alto cargo do Estado está relacionada não só com o tema da luta pelo poder das principais forças políticas da Turquia, mas também com o enorme impacto no processo pré-eleitoral de forças externas interessadas (e, mais especificamente, dos Estados Unidos).
As razões para tal atenção e cumplicidade dos Estados Unidos na vida política da Turquia são obviamente motivadas pela insatisfação de Washington com as políticas externa e interna do presidente Recep Tayyip Erdoğan. Em particular, os EUA não aceitam: o reforço da independência da Turquia em relação ao ditame dos EUA; a construção de relações eficazes e pragmáticas entre Ancara e Moscovo e Pequim; a recusa de Erdogan em apoiar as sanções anti-russas relacionadas com a crise na Ucrânia; o declínio da democracia na Turquia e o reforço do poder autoritário do presidente; a repressão em massa das autoridades turcas contra membros da oposição.
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