
Norbert Häring
Para que o Banco Central Europeu possa excluir qualquer privacidade do euro digital, a Comissão quer, secretamente, abolir o direito anterior ao pagamento anónimo de pequenos montantes na internet. O Parlamento Europeu deverá fazer passar este direito na Primavera. Chegou a altura dos parlamentares em Bruxelas e nas capitais acordarem finalmente
O Banco Central Europeu (BCE) está actualmente a desenvolver um "euro digital". A forma como o euro digital deverá ser concebido foi esboçada pelo BCE no seu "Relatório sobre um euro digital" em outubro de 2020. Segundo o documeto, será essencialmente uma questão de contas de crédito detidas no BCE para todos os cidadãos, às quais se terá acesso directo ou - mais provavelmente - indirectamente através dos bancos comerciais, a fim de pagar com os saldos de crédito ou receber dinheiro nessas contas.
A diferença essencial para a moeda digital sob a forma de balanços de crédito em contas em bancos comerciais é que os balanços de crédito titularizam um crédito contra o banco central, e não contra um banco comercial que é basicamente susceptível de falência. É isto que o euro digital tem em comum com o dinheiro, que é actualmente a única forma de os cidadãos comuns e as empresas (que não os bancos) terem dinheiro garantido pelo Estado. Os saldos em contas bancárias comerciais representam legalmente apenas um direito a pagamento sob a forma de dinheiro.
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