O plano da "Lei de Redução da Inflação (IRA)" de Biden poderá levar à desestruturação industrial da Europa. A subalternidade geopolítica da Europa em relação à NATO repete-se na esfera económica. Actualmente, os EUA são os únicos vencedores no conflito russo-ucraniano
Nos três dias de Macron em Washington [em novembro], os tópicos de discussão nas suas conversas com Biden foram dois. A guerra na Ucrânia e a lei anti-inflacionária aprovada em agosto por Biden, que prevê o aumento dos subsídios à indústria americana para fazer face à crise económica e à transição ambiental.
Quanto às perspectivas de negociações com a Rússia, esta cimeira não produziu quaisquer resultados relevantes. De facto, é altamente improvável que a Rússia concorde com uma retirada dentro das fronteiras de 2014, nem que haja neutralidade na Ucrânia, que em vez disso visa a reconquista da Crimeia e do Donbass. O Ocidente, ao apoiar Kiev militarmente, é parte na guerra contra a Rússia e, portanto, não pode assumir o papel de mediador no conflito. Uma mesa de negociações já tinha sido criada pela Turquia de Erdogan, mas foi ignorada nas conversações bilaterais, confirmando o sentimento de superioridade que impregna o Ocidente e constitui o maior obstáculo a conversações de paz credíveis.
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