
Rüdiger Rauls
Actualmente, o dólar representa pouco mais de 40% do comércio mundial, contra 66% no início dos anos 2000. A sua quota-parte nas reservas internacionais de divisas caiu de 71% para 60% em 20 anos
O mundo quer escapar à pretensão de poder dos EUA. Isto inclui a desvalorização do dólar e das estruturas financeiras ocidentais. As forças motrizes deste processo são os Estados dos BRICS, sobretudo a China como peso económico, e a Rússia como peso militar. Actualmente, não se pode dizer com clareza quanto caminho que ainda falta percorrer. Mas os primeiros passos já foram dados.
BRI, BRICS, SCO e outros concorrentes
Com o lançamento da Iniciativa da Rota da Seda (BRI), há cerca de dez anos, a China começou a libertar-se da sua dependência do Ocidente e a desenvolver as suas próprias estratégias económicas. O formato BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), bem como a Organização de Cooperação de Xangai (SCO), foram outros passos nessa direcção. Na arrogância ocidental, a participação oferecida foi rejeitada. Parecia sentir-se que estas iniciativas teriam pouco êxito se não se permitisse que o Ocidente desempenhasse o papel principal nas mesmas.
Desde então, uma onda de iniciativas e inovações, especialmente da China, varreu o globo e abriu oportunidades de desenvolvimento inimagináveis para todos os países que tinham sido anteriormente deixados de fora pelo Ocidente. Estes formatos oferecem acordos de baixo custo para o desenvolvimento de infra-estruturas, porque não têm de ser concluídos em dólares ou euros, e os bancos de desenvolvimento associados garantem empréstimos baratos. A China alargou mesmo a sua influência nos mercados internos dos principais estados capitalistas.
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