A situação é mais complexa do que pensam muitos anti-imperialistas que, por exemplo, condenaram reflexivamente a reação da Nigéria e apelidaram o presidente nigeriano de fantoche dos EUA só porque ameaçou intervir militarmente no Níger, tal como os EUA e a França


O ultimato que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) tinha feito aos novos governantes do Níger após o golpe militar, nomeadamente para que restituíssem o presidente deposto ou fossem expulsos do poder por uma invasão militar dos Estados da CEDEAO, expirou no domingo passado sem deixar rasto. 

Recorde-se que, após o golpe de Estado no Níger, o presidente Tinubu tinha ameaçado os novos governantes militares com uma intervenção militar se não reintegrassem o presidente deposto do Níger, Mohammed Bazoum, o mais tardar até domingo, 6 de agosto.

A maior parte dos meios de comunicação social ocidentais nem sequer mencionou o ultimato, embora após o golpe bem sucedido no Níger contra o presidente fantoche ocidental, a França em particular e também os EUA tenham ameaçado invadir o país. Ambos os países têm uma grande base militar no Níger e têm grandes interesses económicos e geopolíticos no país. 

Imagem de capa por @USArmy sob licença CC BY 2.0

geopol.pt

ByRainer Rupp

Nascido na RFA, é um antigo espião de topo que trabalhou sob os nomes de código Mosel e mais tarde Topaz para os serviços secretos HVA (Administração Geral de Reconhecimento) da RDA, na sede da NATO em Bruxelas entre 1977 e 1989.

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