Tobias Riegel

«Sempre se é mais sábio depois» — esta desculpa não se aplica no caso da guerra da Ucrânia: poder-se-ia saber de antemão que o golpe de Maidan de 2014 e o subsequente armamento da Ucrânia conduziriam a Europa à guerra. Já havia avisos prementes em 2014 sobre exactamente a situação que estamos a viver hoje. Aqui recordamos, a título de exemplo, um desses importantes mas ignorados avisos de 2014


Em dezembro de 2014, mais de 60 personalidades proeminentes da política, dos negócios, da cultura e dos meios de comunicação social lançaram um apelo publicado no Die Zeit intitulado "A guerra na Europa de novo? Não em nosso nome" advertiu contra uma guerra envolvendo os EUA, a União Europeia e a Rússia. Seria "inevitável" que se avançasse para uma tal guerra se o confronto mútuo, que inclui sanções, propaganda e armamento contra a Rússia por parte do Ocidente, continuasse. Esta profecia tornou-se entretanto realidade, também porque avisos como o apelo aqui apresentado foram lançados ao vento e admoestadores foram muitas vezes difamados como propagandistas de Putin nos últimos anos. Numerosos jornalistas alemães têm desempenhado um papel central na pavimentação deste caminho para a guerra. Na altura, os signatários do apelo exigiram uma nova política de desanuviamento para a Europa aos políticos e aos meios de comunicação social - em vão, como sabemos hoje. Dirigido directamente a muitos jornalistas alemães, disse, por exemplo, em 2014:

«Apelamos aos meios de comunicação social para que cumpram o seu dever de relatar sem preconceitos de forma mais convincente do que antes. Editorialistas e comentadores demonizam povos inteiros sem apreciarem suficientemente a sua história. Qualquer jornalista versado em política externa compreenderá o medo dos russos desde que os membros da NATO convidaram a Geórgia e a Ucrânia a tornarem-se membros da Aliança em 2008. Não se trata de Putin. Líderes de Estados vêm e vão. É sobre a Europa.»

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