Washington quer reinserir-se no Afeganistão em nome da segurança. Mas o verdadeiro objetivo é impedir que a chamada China "predadora" domine exclusivamente o Afeganistão


Após uma pausa de dois anos, Washington parece estar a "regressar" ao Afeganistão para sabotar principalmente as incursões da China. Na segunda semana de fevereiro, a China recebeu o embaixador do Afeganistão, sinalizando a disponibilidade de Pequim para reconhecer o regime dos talibãs no Afeganistão. No final de 2023, a China tornou-se também o primeiro país a nomear um embaixador no Afeganistão. Estes desenvolvimentos têm como pano de fundo o sucesso dos talibãs em garantir que os grupos terroristas anti-China, ou seja, o Estado Islâmico–Khorasan (IS-K) e o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental (ETIM), não atacam os interesses chineses no Afeganistão ou fora do Afeganistão. A China, por outro lado, concebeu os seus laços com os talibãs de uma forma que respeita o sistema político destes últimos.

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BySalman Rafi Sheikh

Licenciado na Universidade Quaid-i-Azam, em Islamabad, escreveu tese de mestrado sobre a história política do nacionalismo do Baluchistão, publicada no livro «The Genesis of Baloch Nationalism: Politics and Ethnicity in Pakistan, 1947-1977». Atualmente faz o doutoramento na SOAS, em Londres.

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