Esta estratégia está ligada ao que veio a ser conhecido como a «nova arquitetura de segurança da China para o Médio Oriente»


A China apelou uma vez mais a um cessar-fogo abrangente e permanente em Gaza, incluindo um calendário acordado a nível mundial para a criação de um Estado separado para o povo da Palestina. A posição da China, que muitos no Ocidente vêem como singularmente pró-árabe, tem sido consistente desde o início da atual fase da guerra de Israel em Gaza, que já matou mais de 23.000 civis, incluindo mais de 10.000 crianças. A China tem tentado navegar na crise de forma a salvaguardar os seus principais interesses, ou seja, o seu investimento de vários milhares de milhões de dólares na região. Uma guerra mais alargada na região poderia prejudicar mais os interesses da China do que os de qualquer outra potência extra-regional. A China tem uma presença económica profunda na maior parte do mundo árabe. Embora também tenha laços económicos sólidos com Israel, os laços com o mundo muçulmano do Médio Oriente, incluindo o Irão, ultrapassam claramente os laços com Israel. O investimento coletivo da China no Médio Oriente e no Norte de África é superior a 239 mil milhões de dólares. Isto para além do seu comércio bilateral, que ultrapassou os 330 mil milhões de dólares em 2021.

Imagem de capa por Palácio do Planalto sob licença CC BY 2.0 DEED

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BySalman Rafi Sheikh

Licenciado na Universidade Quaid-i-Azam, em Islamabad, escreveu tese de mestrado sobre a história política do nacionalismo do Baluchistão, publicada no livro «The Genesis of Baloch Nationalism: Politics and Ethnicity in Pakistan, 1947-1977». Atualmente faz o doutoramento na SOAS, em Londres.

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