A vitalidade desta plataforma alternativa tornou-se visível ao ser empurrada para a guerra israelita em curso contra Gaza na última cimeira


A guerra de Israel em Gaza abalou a política mundial — não só devido à sua brutalidade, mas também porque esta guerra reificou os alinhamentos geopolíticos ao longo das posições pró e anti-Israel — o que também se traduz diretamente em posições pró ou anti-EUA. Estes alinhamentos geopolíticos criaram a possibilidade de realinhamentos, incluindo a reforma dos blocos existentes. A cimeira extraordinária dos BRICS, realizada na terceira semana de novembro, aponta para esta possibilidade de forma muito clara. A um nível, os procedimentos da cimeira revelaram as posições pró ou anti-EUA/Israel - especialmente da Índia — dentro do bloco e, a outro nível, a cimeira revelou a abertura do bloco para se expandir de forma a incluir cada vez mais elementos anti-Israel, ou seja, o Paquistão (o Paquistão candidatou-se formalmente a membro do BRICS).

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BySalman Rafi Sheikh

Licenciado na Universidade Quaid-i-Azam, em Islamabad, escreveu tese de mestrado sobre a história política do nacionalismo do Baluchistão, publicada no livro «The Genesis of Baloch Nationalism: Politics and Ethnicity in Pakistan, 1947-1977». Atualmente faz o doutoramento na SOAS, em Londres.

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