Será que Israel ainda tem uma nona frente na manga?
No meio do enésimo escândalo de Netanyahu sobre fugas de informação interna sensível e confidencial (bit.ly/3NRYSNa) e do alegado fracasso de Israel contra o Hezbollah e o Irão, segundo o consultor militar russo Andrei Martyanov (bit.ly/3UAlhCF), o Estado hebreu abriu a sua oitava frente: contra a ONU.
O ministro da Defesa israelita Yoav Gallant (YG), que se revelou mais belicoso do que o próprio Netanyahu talmúdico (o que é dizer muito), tinha definido as sete frentes de guerra simultâneas que Israel está a travar (bit.ly/3RLt6mJ) e que, com o Onucídio, passaram a oito frentes.
Para além do genocídio de Israel em Gaza e da guerra cultural contra o Líbano (bit.ly/3AlSxGQ), poderá Israel destruir a ONU, abusando do seu controlo do Congresso dos EUA (amzn.to/476u7M8)?
Para expandir os projectos irredentistas da Grande Cázaria (bit.ly/3NRgsRK) – que os ignorantes propagandistas globais fingem ignorar e que está a ruir na Ucrânia – e do Grande Israel – que Alastair Crooke e o coronel Douglas McGregor afirmam ser o verdadeiro leitmotiv de Netanyahu – verifica-se que, após um ano do genocídio/limpeza étnica de Israel em Gaza, os deputados do Knesset hebraico aprovaram dois projectos de lei que aniquilam a UNRWA (unrwa.org), a agência da ONU encarregada do futuro humanista dos refugiados palestinianos (bit.ly/3Yt9dEd), o que impedirá a sua operação conjunta na martirizada Gaza, na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental. A barbárie no seu melhor!
Segundo o Antiwar.com, as medidas antropofágicas do Knesset “asseguram a fome de mais civis palestinianos (bit.ly/3UWMUGj)”.
De forma talvez hipócrita, os funcionários do Pentágono estão a arrancar os cabelos e, profundamente perturbados, atacam as leis israelitas que bloqueiam a UNRWA (bit.ly/3ApdlNx).
O Times of Israel comenta que a UNRWA em Gaza está podre (sic) e classifica-a como aliada do terrorismo (bit.ly/3AqYrGG).
O grande projeto cázaro já descarrilou com o triunfo da Rússia sobre o comediante cázaro (bit.ly/3QqemJr) Zelensky, enquanto a grande Israel continua a sua marcha sem tréguas, apesar de tantos contratempos.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baghaei, exortou o “mundo a agir de forma decisiva para impedir o desenraizamento de UNRWA (bit.ly/4f8DP58)”.
Philippe Lazzarini, comissário geral da UNRWA, comentou numa entrevista à AP (bit.ly/4hsifdr) que a cessação das suas actividades em Israel, nos territórios palestinianos ocupados e nos campos de refugiados da sua diáspora criará um vazio que custará mais vidas e instabilidade em Gaza e na Cisjordânia. Concluiu que a legislação do Knesset vai diretamente contra os palestinianos ao negar-lhes um fornecedor funcional de serviços básicos de salvamento, educação e cuidados de saúde (bit.ly/3YDaEjM).
Como o mundo inteiro não está desarmado e catatónico, um grupo de juristas de vários países do globo exigiu a expulsão de Israel da ONU, com base no artigo 6º da Carta das Nações Unidas (bit.ly/3NRieSU) – o que não será tarefa fácil, uma vez que Israel controla o Congresso dos EUA, segundo John Mearsheimer, professor da Universidade de Chicago, no seu anatematizado livro The Israel Lobby.
O grupo jurídico, presidido por Pino Arlacchi, antigo secretário-geral adjunto da ONU, recordou que Israel violou todas as resoluções da ONU, culminando no genocídio em Gaza e “recentemente... na arrogância do governo de Netanyahu na Faixa de Gaza, na arrogância do governo de Netanyahu, que chegou ao ponto de insultar a ONU, chamando-lhe “pântano do antissemitismo”, declarando o seu secretário-geral persona non grata e bombardeando deliberadamente os capacetes azuis da força de manutenção da paz da ONU destacada para o Líbano”.
Será que Israel ainda tem uma nona frente na manga?
Peça traduzida do espanhol para GeoPol desde a página de Alfredo Jalife-Rahme
As ideias expressas no presente artigo / comentário / entrevista refletem as visões do/s seu/s autor/es, não correspondem necessariamente à linha editorial da GeoPol
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Imagem de capa por Catholic Church England and Wales sob licença CC BY-NC-ND 2.0
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